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Líder de hoje: amanhã o seu liderado pode ser o seu líder! por Edilson Menezes

15/01/2013 19:37

Com a chegada da informação na “velocidade da luz”, as nações influentes, econômica e culturalmente enxergaram a necessidade de doutrinar líderes sobre a aplicação da flexibilidade comportamental, dos importantíssimos recursos humanos e principalmente da necessidade de ensinar uma liderança mais assertiva e menos coerciva, contribuindo desta forma para com o fim dos tempos de “chefe”.

A prova viva disso foi (e ainda o é) a carreira do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, um dos grandes líderes que o Brasil conheceu e que ajudou no processo de extermínio do "chefe". Embora poucas pessoas saibam, Meirelles foi presidente do então Bank of Boston no Brasil, e em dado momento da operação mundial desta organização, foi convidado a presidi-la. Tornou-se o primeiro cidadão não americano a assumir a função de CEO em uma instituição americana, no solo do Tio Sam.

Cabe ressaltar que naquela época, antes de assumir as funções nos EUA, Meirelles criou um setor no Bank of Boston Brasil chamado Reengenharia de Produtos para ensinar os executivos sob seu comando a abandonar a cultura de sentirem-se culpados por não alcançarem os números estipulados pela matriz e colocarem a mão na massa com AÇÕES que lhes garantiriam o sucesso. Esta foi uma das plataformas que garantiram a Meirelles o seu passaporte como CEO do grupo e futuramente, ainda que ele não o soubesse por aqueles dias, o seu ticket para a política e para o Banco Central do Brasil, alguns anos mais tarde.

Este é um exemplo claro de que o caminho é a valorização humana a partir do respeito às crenças, mapas, modelo de mundo e identidade do profissional. Há estudos recém-divulgados que afirmam que o fator “peso na consciência” poderia gerar resultados promissores entre executivos. Seriam estes estudos um retrocesso a tudo aquilo que já foi conquistado com muita luta por grupos e empresas vanguardistas que nos ensinaram o conceito de liderança servidora?

Faz-se justo afirmar que o case Meirelles é um dos maiores do país no quesito liderança. Naquela época, a comunidade empresarial americana tinha uma crença em relação aos executivos brasileiros: "ainda são tão imaturos quanto o país em que atuam". Logo, quando chegou a indicação de Meirelles para o cargo, os EUA foram forçados a rever as suas crenças em relação aos nossos executivos, porque até ali havia presidentes regionais latinos em inúmeros grupos, mas NENHUM como CEO de uma empresa americana em solo americano.

Meirelles serviu de inspiração para muitos líderes da comunidade empresarial brasileira e escancarou as portas para uma tendência de mercado: a contratação local de executivos. Até o início daquela década, os grandes conglomerados estrangeiros “exportavam” a mão-de-obra de seus executivos para atuarem no Brasil, porque acreditavam que nossos executivos ainda não estavam preparados. Hoje a conversa é outra. Os presidentes das empresas de perfil large corporate mundo afora amargam resultados negativos, enquanto os presidentes brasileiros dos mesmos grupos estão comemorando crescimento contínuo.

Como a história tem por hábito esquecer-se do personagem vanguardista de situações como esta, fica para os palestrantes, jornalistas e articulistas o papel de fazê-lo, como case de liderança.

Meirelles era muito amigo do Sr. Theodore Hadland Seidl, ou simplesmente Ted Seidl para os amigos. Seidl atuava como vice-presidente de Gerenciamento de Carteiras do Bank of Boston. Havia na relação entre ambos um detalhe peculiar: no início da carreira de Meirelles, Seidl havia sido seu líder.

O tempo passou e a carreira de Meirelles galopou mais rápido, tornando-o líder de Ted Seidl. A amizade entre ambos era digna de admiração, o que nos prova que os VALORES, ao contrário do que muitos afirmam, não se perdem no mundo dos negócios quando a carreira é alavancada. Vamos refletir:

O que teria acontecido a Ted Seidl se no passado ele tivesse tratado Meirelles com injustiça? Seidl foi um grande líder para Meirelles e no momento certo, a recíproca foi verdadeira.

Se você é palestrante, jornalista, articulista, formador de opiniões por algum outro meio ou estudioso do Universo das Vendas, lembre-se deste exemplo ímpar de liderança.

Se você é líder hoje, avalie sua conduta em relação a equipe sob sua responsabilidade, pois a exemplo do que aconteceu entre Meirelles e Seidl, amanhã um dos integrantes pode ser o seu líder.

Fonte destas informações: Eu fui assistente de Ted Seidl, vi e aprendi pessoalmente com este case inspirador sobre a relação corporativismo x liderança.

E você, prefere estar, no futuro, entre os "chefes" aposentados por invalidez evolutiva?

Ou faz algo para se tornar um líder como Meirelles? E se você já é líder, o que faz para um dia ser considerado exemplo nacional de liderança?

A escolha, como sempre, é apenas sua.

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